quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Levou mais de ano para acreditar, depois de percebia a real possibilidade.

Neste ano, resumiu-se muito, falou-se moderadamente, escreveu-se bastante e também viu-se muito. E tanto foi visto que até o que não estava lá foi detalhadamente descrito: monstros debaixo da cama.

Neste momento, dou risada de ter acreditado na presença de monstros, tão feios e tão fortes que então poderiam me impedir de pôr os pés no chão. Eu falo e falo de afirmar-me enquanto pessoa adulta, e quando vejo, estou brincando de inventar monstrinhos.

Mas o que quer que tenha acontecido, não acontece mais: o tempo só anda em soma, nunca em subtração. Monstros só podem existir na cabeça, nunca na visão. Eles que vão embora, eu não.

O mundo - aqui sendo também sinônimo de "eu" - é livre, é papel esperando ser riscado. O medo de riscar feio e não poder apagar veta os traços profundos, os traços importantes, os traços construtivos. Vai deixar de riscar por medo? Seria um desperdício de papel.

O papel não espera, acontece. Uma vez que se está riscando, arrisca-se tudo, e també, arrisca-se tudo pra ficar longe de monstros. O risco corre, e é assim que se desenha.

Referência do dia: cena do seriado Weeds, meu favorito. (Youtube. O vídeo demora um pouco pra aparecer). A referência de hoje é pelo estar outside (fora), por ser bom sair, por mais que haja ameaças, não há barreiras inventadas, e assim funciona melhor!

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